Quem inventou o isqueiro? – Confira 5 possíveis inventores!
Quem inventou o isqueiro? Qual é o real inventor dessa que é uma das invenções mais engenhosas do século XIX? É isso mesmo, o isqueiro surgiu no século de 1800, e hoje você vai descobrir conosco quem o criou.
O que é considerado oficialmente o primeiro isqueiro foi feito em 1823 pelo químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner (1780-1849), mas era um objeto muito diferente dos que conhecemos hoje. Parecia um abajur e, embora eficaz, não teve muito sucesso.
- Leia também: Qual a melhor empresa de dedetização DF?
Será, portanto, necessário aguardar o início do século XX para ver surgirem os primeiros verdadeiros “avós” dos isqueiros modernos, cuja evolução seguiu rapidamente até ao nascimento dos modelos ainda hoje comercializados. No passado, porém, não faltaram métodos engenhosos de acender o fogo. Leia conosco e descubra quem inventou o isqueiro, vamos lá!
Um milhão de anos atrás

A capacidade de “domar” o fogo é um dos ingredientes do sucesso da humanidade, pois lhes permitiu cozinhar, aquecer, manter os predadores afastados e forjar ferramentas e armas de metal. O crédito por essa descoberta vai para o Homo erectus, que dominou o fogo há cerca de 1,5 milhão de anos.
Os primeiros métodos para produzir chamas eram dois: esfregar um pedaço de madeira em uma pedra (muitas vezes com a ajuda de um arco, cuja corda era enrolada ao redor do pedaço de pau para fazê-lo girar rapidamente em seu eixo) e indução de pedras chamadas que criavam faíscas.
O atrito gerava pequenas fagulhas que acendiam folhagens e tufos de grama seca, a chamada “isca”, a partir da qual as chamas se espalhavam para galhos secos mais duráveis.
O incêndio dava origem à metalurgia, que por sua vez possibilitava outro método de ignição, ligado ao uso de um instrumento denominado aço: uma pequena placa de metal de superfície rugosa na qual se batia a pedra. Esta foi à solução mais prática ao longo da Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna.
Lâmpadas e chamas
No entanto, para sabermos quem inventou o isqueiro, temos que ir até a verdadeira gênese que começou em 1823, quando Johann Wolfgang Döbereiner criou a “lâmpada Döbereiner”: era um recipiente de vidro dentro do qual uma reação química entre o ácido sulfúrico e o zinco gerava uma certa quantidade de hidrogênio gasoso que, liberado por um válvula, inflamada quando entrou em contato com um filamento de platina, acendia um pavio. No entanto, o tamanho excessivo e os altos custos de produção o tornaram um produto de nicho.
Assim, continuou-se a usar a velha “pederneira”, ou uma nova invenção datada de 1827: os fósforos. Estes últimos foram acidentalmente desenvolvidos pelo químico inglês John Walker que, trabalhando em uma mistura de sulfato de antimônio e clorato de potássio, percebeu como parte dele pingou em um pedaço de madeira, secando. Quando ele tentou limpar o graveto, esfregando-o no chão, ele pegou fogo de repente.
O boom palito de fósforo
Aperfeiçoado a mistura, ele então criou outros tipos de fósforos (dos quais também há vestígios já na China medieval, onde se usavam paus de pinheiro impregnados de enxofre), depois aperfeiçoados pelo químico sueco Gustaf Erik Pasch (inventor dos “suecos”). Então, quem inventou o isqueiro? Quem descobriu o fósforo!
Com a popularização dos fósforos, no início do século XX foram produzidos os primeiros modelos de isqueiros de bolso, baseados em uma pequena pederneira – feita de uma liga metálica especial – colocada em cima de um pequeno cilindro de metal cheio de gás combustível.
Um primeiro boom de isqueiros foi registrado na década de 1920, graças a modelos práticos e funcionais com design atraente como os produzidos pela empresa americana Ronson. O “Banjo” foi muito bem recebido em 1926, movido à gasolina e capaz de gerar uma chama apertando um pequeno botão.
O lendário “Zippo” chega

Mais um passo em frente foi dado em 1933 pelo designer e inventor americano George Grant Blaisdell, que projetou um isqueiro confortável de segurar e utilizável mesmo em condições climáticas adversas, equipado com uma dobradiça que pode ser aberta com um clique de os dedos (abertura “flip top”), bem como uma pequena gaiola de metal para proteger o fogo do vento.
Nasceu o lendário Zippo (do nome da fabricante), destinado a se estabelecer como um dos modelos mais vendidos de todos os tempos. Também é movido a gasolina, que impregna um fino pavio.
E quem inventou o isqueiro tradicional e “barato” que conhecemos hoje? Quanto aos modelos “tradicionais”, a maior parte de 1973 serão os revolucionários modelos isqueiros “descartáveis” da Bic, empresa criada pelo empresário ítalo-francês Marcel Bich.
Feitos de plástico colorido e extremamente baratos, eles se tornaram para muitos sinônimo de maior leveza (como aconteceu com as canetas esferográficas produzidas pela própria Bic a partir de 1945).
Descartável

Nas décadas seguintes, cada vez mais empresas apostam na comercialização de modelos descartáveis (em que a alimentação já não é a gasolina, mas principalmente o GPL) e com chama de intensidade regulável.
Mas os estreantes não deixaram o clássico “recarregável”, Zippo, sair de cena. Apesar da concorrência de isqueiros elétricos e variantes, a recarga é feita via USB, em que a chama é substituída por descargas elétricas. Portanto, quem inventou o isqueiro? Pode-se dizer que seu surgimento se deu devido a uma sucessão de contribuições, até que a Bic criou a versão mais famosa e conhecida até hoje. Até a próxima!