O que é deflação? – Entenda o que é esse fenômeno econômico!

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O que é deflação? – Entenda o que é esse fenômeno econômico!

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O que é deflação? O que significa esse termo que, apesar de conhecido, é pouco ou quase nunca vivenciado pelos brasileiros? Você brasileiro com certeza já ouviu falar sobre a inflação, fenômeno que aumenta o preço das coisas a um nível quase que absurdo.

Mas, e o que é deflação? Bem, significa o oposto da inflação, como pode imaginar. Neste conteúdo, vamos abordar este tema buscando exemplificar de forma clara o que ele significa e como funciona, além de citarmos suas vantagens e desvantagens. Quer saber o que é deflação? Então leia conosco!

O que é deflação: definição e significado

O Que é Deflação
O Que é Deflação

Afinal, o que é deflação? Em economia, o termo deflação indica uma queda no nível geral de preços. A deflação é, portanto, o oposto da inflação muito mais conhecida, ou seja, o processo de aumento gradual dos preços, conforme já foi mencionado logo na introdução.

Em muitos casos, ocorre apenas uma desaceleração da inflação, ou seja, uma diminuição da taxa de crescimento do nível geral de preços: trata-se de um terceiro fenômeno que leva o nome de desinflação. A deflação em si é geralmente um fenômeno negativo, mas existem tipos de deflação “positiva” e aspectos favoráveis da deflação.

Quais são as consequências da deflação?

Já sabemos o que é deflação, mas e quais são as suas consequências? Um declínio no nível geral de preços resulta muitas vezes de uma situação recessiva (isto é, crescimento negativo) em que a demanda por bens e serviços – a chamada demanda agregada – se contrai.

Ou seja, reduz-se o gasto de pessoas e empresas. Isso leva as próprias empresas a tentarem vender seus produtos a preços mais baixos, na esperança de estimular a demanda e a resposta do consumidor.

Como resultado, as empresas vendem seus produtos a um preço mais baixo e, portanto, experimentam uma redução no faturamento. Para contrabalançar esta redução do volume de negócios característica das economias em deflação, as empresas procuram reduzir os custos com matérias-primas e serviços provenientes de outras empresas, cortar custos com mão de obra, espremer financiamentos bancários (redução dos encargos financeiros das dívidas contraídas).

Essas intervenções, por sua vez, tendem a comprimir a demanda agregada por bens e serviços, agravando a situação e trazendo novas pressões deflacionárias. O aumento do desemprego decorrente da redução do custo da mão de obra, por exemplo, obrigará os novos desempregados a reduzir suas despesas, afetando negativamente a demanda. No entanto, a deflação também tende a corresponder a um aumento da poupança que pode lançar as bases para uma recuperação econômica saudável.

Os riscos da deflação: o caso do Japão

O Caso Japão
O caso Japão

O que é deflação? Podemos entender melhor do que se trata analisando o Japão. O caso mais típico de deflação citado em livros didáticos é o de deflação que ocorreu no Japão entre o início dos anos 1990 e o início dos anos 2000.

Nesse período, o crescimento estrondoso do “Sol Nascente” dos anos anteriores foi paralisado e o PIB japonês congelou em + 1,2% ao ano, significativamente inferior às taxas de crescimento das outras economias avançadas.

Desde então, para nos referirmos a esse período, falamos da “Década Perdida do Japão”. No início da década de noventa estourou no Japão uma bolha imobiliária e especulativa financeira que provocou o colapso da demanda interna, o Banco Central não conseguiu conter os estragos e se criou um contexto desafiador que ainda hoje ameaça a economia japonesa.

No final dos anos noventa, novas pressões deflacionárias vieram a partir da crise asiática daqueles anos (e atingiram as principais economias globais, incluindo os Estados Unidos). Ainda hoje, o Japão tem uma relação dívida/PIB próxima a 240% e é considerado sustentável apenas porque mais de 90% é mantido dentro do país.

Ao longo dos anos, no entanto, os analistas têm destacado aspectos mais estruturais da crise japonesa, como o envelhecimento da população, a transferência do governo central para os locais, entre outros detalhes.

Oportunidades positivas de deflação

O que é deflação? Somente algo ruim? Na realidade não. Há também aspectos positivos da deflação, pelo menos enquanto ela permanecer limitada e temporária. A queda dos preços aumenta o poder de compra da renda.

Aposentados, por exemplo, podem se beneficiar com a deflação. Alguns observadores especularam que a deflação japonesa é de alguma forma política: o alto número de idosos no país teria levado o país a encorajar um estado de deflação da economia.

Existe também um tipo de deflação positiva gerada pela competição. Se a competição em um mercado força as empresas a baixarem os preços de seus produtos, os consumidores se beneficiam e a eficiência do sistema aumenta. Aconteceu nos últimos anos nos mercados de computadores pessoais e telecomunicações.

Em geral, porém, a deflação se apresenta como um problema e desperta alarme nos bancos centrais e na política. Nos mercados globais de hoje, a deflação tende a infectar outras economias, ampliando o cenário internacionalmente.

Os diversos mecanismos complexos que regulam a dinâmica dos preços representam um desafio para todas as economias avançadas que muitas vezes se encontram em situações paralelas: envelhecimento da população que afeta a demanda, elevado nível de endividamento público, tendência de redução salarial histórica e poder de negociação que é refletida no poder de compra e nos preços, uma capacidade de produção nos diversos mercados superior à capacidade de absorção pela demanda.

Todos os desafios que os formuladores de políticas enfrentam hoje, mesmo em contextos muito distantes uns dos outros. Este foi o nosso conteúdo onde explicamos o que é deflação, esperamos ter acabado com sua dúvida. Até a próxima!

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