Corpo de Lavínia é enterrado em Duque de Caxias; “não acredito que isso aconteceu”, diz professora

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Corpo de Lavínia é enterrado em Duque de Caxias; “não acredito que isso aconteceu”, diz professora

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O corpo da menina Lavínia Azeredo foi enterrado nesta quinta-feira (3), no Cemitério Corte Oito, em Duque de Caxias (RJ). Aproximadamente 500 pessoas acompanharam o cortejo e, a todo momento, cantaram músicas religiosas e entoaram gritos de “justiça”. O pai da menina, Rony dos Santos de Oliveira, passou mal durante o velório e teve que ser carregado por familiares. Ele foi encaminhado para um hospital da região em um carro da Polícia Militar.

Como o corpo estava desfigurado, o caixão permaneceu fechado durante o velório. A mãe da criança assassinada, Andréia Azeredo, foi protegida por parentes e saiu sem falar com a imprensa. O avô e a tia também passaram mal e encontraram dificuldades para deixar o cemitério.

A mãe de Lavínia, Andréia Azeredo, está neste momento prestando depoimento na 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elíseos), também em Caxias.

Além dos familiares, representantes de organizações não governamentais, mães de outras vítimas e centenas de curiosos acompanharam o cortejo. Só do bairro em que Lavínia morava saíram dois ônibus cheios de amigos da vítima. O corpo docente da Escola Municipal Sandra Oliveira também esteve presente no enterro para prestar as últimas homenagens.

Segundo Edna Barreto, professora da turma de Lavínia (que estava no segundo ano do ensino fundamental), a menina era uma ótima aluna, com boas notas, e sempre falava do sonho de ser bailarina.

“Era uma ótima menina. A cadeira dela está lá até agora, vazia. Eu não acredito que isso aconteceu”, disse.

A diretora da escola, Sandra Oliveira, também falou com emoção a respeito da morte de Lavínia.

“Era uma criança que vivia a infância em sua plenitude. Ainda brincava de boneca, de casinha, tinha o seu grupinho no colégio. A escola toda está chorando a morte dela. Desde a funcionária que vende doces aos membros da direção”, afirmou.

A professora Sônia Regina, 62, cuja filha morreu em 1982, vítima de erro médico, era uma das mais emocionadas durante o velório.

“Vim aqui prestar o meu apoio, pois eu entendo a situação dessa mãe. Minha filha também morreu de forma precoce, inocente”, disse ela.

Lavínia, que completaria sete anos no dia 13 de março, foi sequestrada e morta no início da semana e seu corpo só foi encontrado na manhã desta quarta-feira embaixo de uma cama num dos quartos do Hotel Municipal, em Duque de Caxias. De acordo com os primeiros resultados periciais, a ex-amante do pai, Luciene Reis Santana, teria utilizado um cadarço para asfixiar a criança, que teve uma parada cardiorespiratória

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