Tarantino ama essa obra-prima dirigida por Scorsese no catálogo do Max

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Tarantino ama essa obra-prima dirigida por Scorsese no catálogo do Max

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“Taxi Driver”, dirigido por Martin Scorsese em 1976, é um dos pilares do cinema moderno, tanto por sua audácia estilística quanto por seu intenso exame psicológico. Protagonizado por Robert De Niro, que interpreta Travis Bickle, o filme explora a solidão e a alienação através dos olhos de um veterano do Vietnã que trabalha como taxista nas noites de uma Nova York crua e decadente.

A importância de “Taxi Driver” no cinema é multifacetada. Esteticamente, o filme é uma cátedra de técnica cinematográfica. Scorsese e o cinematógrafo Michael Chapman utilizam a câmera de maneira inovadora, capturando a essência da cidade com uma combinação de filmagens em primeira pessoa e panorâmicas que submergem o espectador no isolamento de Travis. A trilha sonora de Bernard Herrmann, que foi seu último trabalho, complementa perfeitamente o tom sombrio do filme, com seus acordes dissonantes e tensos.

Narrativamente, “Taxi Driver” é um estudo profundo do desespero humano e da marginalização. A transformação de Travis de um cidadão comum para um vigilante violento é um poderoso comentário sobre a psicologia do isolamento e os efeitos de uma sociedade que falha em reconhecer e tratar os transtornos mentais. O filme também não tem medo de abordar temas controversos como a violência e a decadência urbana, tornando-se um símbolo da era pós-Vietnã nos Estados Unidos.

O esforço de Robert De Niro em sua atuação como Travis Bickle é monumental. De Niro não apenas incorporou a complexidade do personagem, mas também mergulhou profundamente em sua preparação, dirigindo táxis pelas ruas de Nova York e mantendo um diário como Travis. Seu compromisso em retratar a espiral descendente de Travis em direção à violência é palpável em cada cena, culminando na famosa linha “You talkin’ to me?”, que se tornou um ícone cultural por si só.

“Taxi Driver” é, assim, um marco não apenas pela performance transformadora de De Niro, mas também como uma peça de cinema que desafia o espectador a enfrentar as realidades desconfortáveis da existência urbana e da psique humana. É um filme que permanece relevante, desafiador e profundamente perturbador, décadas após seu lançamento.

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Charles é formado em marketing e trabalha com internet desde 2002, quando a internet era "a lenha". Após anos trabalhando com conteúdo para consultorias, ele resolveu escrever sobre cultura pop e viagens para passar o tempo.