Conheça as diferenças entre médium, babalorixá e Pai de Santo.

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Conheça as diferenças entre médium, babalorixá e Pai de Santo.

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Para entendermos melhor sobre as nomenclaturas da religião é necessário ter a compreensão de que existem diversas vertentes dentro da Umbanda e do Candomblé e também que cada terreiro pode funcionar com doutrinas e hierarquias diferentes, dependendo do tipo de culto que é feito no local. 

Existem cerca de 12 vertentes conhecidas na Umbanda e no Candomblé, sendo elas divididas nas que cultuam 7 orixás, 14 orixás, aquelas que consideram Exu como orixá, as que cultuam orixás próprios e até aquelas que não cultuam orixás, somente os elementos da natureza. 

Umbandomblé, Umbanda Crística, Umbanda Kardecista, Umbanda Sagrada, Umbanda Guaracyana e Umbanda Traçada são alguns exemplos de cultos da religião, cada um com suas doutrinas e particularidades. 

Independente da vertente, todas elas trabalham fundamentadas em um mesmo propósito: praticar o bem e a caridade. 

Entendendo a mediunidade 

Para determinar qual a diferença entre um Pai de Santo, um Babalorixá ou um médium é importante sabermos o conceito de médium e quais são os tipos de mediunidade existentes. 

Ao contrário do que muitos pensam, a mediunidade não é uma exclusividade das religiões de matriz africana ou do espiritismo. Todas as pessoas possuem um grau de mediunidade, porém, o desenvolvimento dela é opcional e mais comum de ser visto dentro dos terreiros e das casas espíritas. 

Qualquer pessoa pode passar por um desenvolvimento mediúnico dentro de um terreiro e descobrir em qual tipo de mediunidade se enquadram os seus dons. Através de ensinamentos, cursos e das vivências dentro da casa, a mediunidade irá aflorar naturalmente.

A familiarização do médium com as práticas espirituais é essencial durante o processo de desenvolvimento e o crescimento espiritual dessa pessoa será gradativo, com altos e baixos. Requer muita sabedoria, constância e paciência, assim como uma boa orientação por parte do Pai ou Mãe de Santo ou chefe da casa. 

Tipos de Mediunidade

São diversos os tipos de mediunidade e cada uma delas permite que o médium estabeleça o seu contato com o mundo espiritual de uma maneira sensorial diferente. Não é incomum observarmos mais de um dom mediúnico em uma só pessoa, isso irá sempre variar e é algo pessoal a ser trabalhado no desenvolvimento mediúnico de cada um. 

Vidente: 

Os videntes (ou clarividentes) são aqueles que podem enxergar o mundo espiritual ou pressentir acontecimentos. Esses médiuns também costumam ver a aura das pessoas, assim como os espíritos que as cercam, sejam eles de luz ou não.

Médium Psicógrafo: 

Difundido principalmente pelo espiritismo, esse dom permite que o médium receba informações da espiritualidade e as transcreva em cartas, ou simplesmente, falando à quem for necessário. Dentro de alguns terreiros existem médiuns psicógrafos que registram todos os acontecimentos da gira, e até em alguns casos, recebem pontos cantados das entidades.

Médium Audiente:

Esse médium é capaz de ouvir a voz das entidades, de seus guias e também de espíritos obsessores – na Umbanda conhecidos como “kiumbas”. Ele ouve o plano espiritual como um todo e seu dom pode ser desenvolvido a fim de doutriná-lo a prestar atendimentos aos consulentes de um terreiro ou casa espírita. 

Médium Intuitivo (ou sensitivo):

É a pessoa capaz de sentir as energias e vibrações de alguém ou de um determinado local. São bastante sensíveis a essas vibrações e se contagiam facilmente com frequências energéticas. Esses médiuns podem ter dificuldade em frequentar lugares como hospitais, cemitérios, festas e bares. O desenvolvimento mediúnico é essencial para que essa pessoa saiba como se proteger das influências energéticas externas para viver com qualidade. 

Outra particularidade de um médium intuitivo é a capacidade de ouvir seus guias através de seus próprios pensamentos.

Médium de Cura: 

São aqueles que dão passes e possuem a chamada “mão de cura” da espiritualidade. Não necessariamente esse médium precisa trabalhar através da incorporação e o desenvolvimento desse poder de cura é feito junto aos seus guias e ao Pai de Santo. 

Médium de Incorporação: 

Os médiuns de incorporação são pessoas que recebem espíritos. Comumente vistos nos terreiros por prestarem atendimentos e consultas, esses médiuns podem incorporar entidades e cedem seus corpos para que a espiritualidade trabalhe em prol do bem de alguém. Esse dom requer muito preparo e direcionamento, assim como um árduo trabalho de desenvolvimento mediúnico, pois assim como recebem entidades de luz, os médiuns de incorporação podem estar suscetíveis a qualquer tipo de espírito, e nesses casos é importante ter preparo para direcioná-los para a luz. 

Médium de Transporte: 

São aqueles capazes de transportar energias de alguém ou de um ambiente. Também conhecidos popularmente como “médiuns esponja”, eles captam frequências energéticas, como cargas densas e demandas, e as encaminham para a luz. Esse dom também requer muito estudo e preparo espiritual para que o médium viva com qualidade e saiba cuidar da sua própria energia, sem se afetar com as vibrações captadas. 

O desenvolvimento mediúnico é um trabalho opcional e pode ser feito por qualquer um. Durante esse processo é muito importante ter equilíbrio mental, conexão com a espiritualidade e receber a orientação de outros médiuns experientes, como os Pais de Santo ou Babalorixás. 

Quem são os Pais de Santo ou Babalorixás? 

Pai de Santo e Babalorixá são nomenclaturas diferentes para um mesmo conceito. Como a Umbanda e o Candomblé são religiões oriundas da África, muitas de suas nomenclaturas permanecem em Iorubá, como é o caso de “Babalorixá”.

Comumente chamados de Pais de Santo, Babalorixás, Sacerdotes ou Mestres, esses espiritualistas ocupam a posição hierárquica de maior autonomia e relevância dentro de um terreiro – são os chamados “chefes da casa”. 

Eles são os responsáveis pela iniciação de seus filhos de santo e por todo o processo do desenvolvimento mediúnico. O trabalho administrativo, material e espiritual de um terreiro é em grande (ou total) parte responsabilidade do Pai de Santo. 

Nas giras, esses sacerdotes cuidam da corrente mediúnica (pessoas que fazem parte do corpo mediúnico do terreiro) e também da assistência e dos consulentes – quem visita a casa para receber atendimento. Eles dão suporte, ajudam nos descarregos e fazem o encaminhamento de espíritos, assim como prestam consultas e direcionamentos espirituais.

Entendendo a diversidade da Umbanda e do Candomblé 

Somente no estado de São Paulo, de acordo com um levantamento realizado no ano de 2021, existem cerca de 20 mil terreiros e cerca de 140 mil umbandistas declarados. 

As religiões de matriz africana possuem muita diversidade e muitas práticas que sempre irão variar de acordo com a doutrina de cada casa ou Pai de Santo. Entender essa diversidade é fundamental para saber com quais doutrinas temos mais afinidade para iniciar um trabalho de desenvolvimento mediúnico, ou apenas frequentar um lugar para se conectar espiritualmente. 

A experiência de visitar um terreiro ou casa espírita e receber diretamente um passe, um atendimento ou consulta espiritual com um médium pode ser transformadora na vida de alguém e traz frutos positivos para diversas áreas, como a financeira, espiritual e amorosa. 

O Pai Antônio de Ogum trabalha há mais de 40 anos como chefe de casa na cidade de São Paulo e já orientou muitas pessoas em suas consultas espirituais. 

Se você está recebendo um chamado da espiritualidade e sente a necessidade de desenvolver suas capacidades como médium, conte com a sabedoria e a experiência do Pai Antônio nessa jornada. 

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