Justiça do DF nega liberdade a preso após ataque com canivete em briga em shopping

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Justiça do DF nega liberdade a preso após ataque com canivete em briga em shopping

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O corregedor de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desembargador Sérgio Bittencourt, rejeitou na tarde desta quinta-feira (29) em decisão liminar o pedido para liberar Antonio Magno Silva Souza, 25, preso em flagrante nesta quarta-feira (28) após uma discussão dentro de um elevador em um shopping de Brasília. O pedido ainda precisa ser apreciado por um grupo de magistrados que pode manter ou não a decisão, o que só deve ocorrer a partir do dia 9 de janeiro, após o recesso de fim de ano.

Antonio Souza golpeou com um canivete o técnico em informática Giordano Moreira da Silva, 35, depois dele o ter atacado dentro do elevador por estar falando alto ao telefone. Segundo o delegado responsável pelo caso, Reynaldo Vilar, os dois não se conheciam, não têm antecedentes criminais e estavam no shopping a trabalho. Souza prestava serviço como entregador de água e Giordano prestava assistência técnica para uma das lojas do shopping.
“Os dois perceberam que erraram e que perderam a cabeça.”, afirmou Vilar. Segundo ele, Giordano pediu para Souza falar mais baixo, ao ouvir o pedido, o que falava ao telefone virou de costas, quando, então, recebeu um empurrão e revidou, já fora do elevador com um golpe de canivete.
“Se o laudo assegurar que foi uma agressão leve, vou pedir a soltura dele [de Antonio Souza] com base nisso”, completou o delegado.

Entenda o caso

As imagens do circuito interno do shopping não têm som, mas mostram o momento em que Giordano empurrou Souza, que ficou parado e saiu do elevador seguindo o agressor dele, com um canivete na mão.
No entanto, as imagens não mostram que, ao seguir Giordano, Souza o atacou com o canivete apenas uma vez pelo lado, quase pelas costas, na direção do peito. Os dois foram presos em flagrante pela polícia.
Giordano foi atendido no Hospital de Base ainda ontem e teve alta no início da tarde de hoje. Ele poderá responder por lesão corporal, cuja pena varia de três meses a um ano.
Já Souza está preso no DPE (Departamento de Polícia Especializada) da Polícia Civil, e já responde por tentativa de homicídio, cuja pena varia de seis meses a 20 anos.
Na quarta, seis testemunhas prestaram depoimento à polícia. O depoimento de Giordano está marcado para a próxima segunda-feira (2).
O advogado de Souza, pago pela empresa onde trabalha, Milton Lopes Machado Filho, avalia que seu cliente tem chances de ser liberado logo. “A minha linha é a de legítima defesa. Ele [Antonio Souza] foi agredido ‘de graça’, não esperava a provocação, enquanto estava trabalhando. Aquilo não era arma [o canivete]. Era um instrumento de trabalho”, afirmou.
O advogado de Giordano não foi localizado pela reportagem.


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