Como ataque de hackers russos paralisou transfusões de sangue em Londres

como-ataque-de-hackers-russos-paralisou-transfusoes-de-sangue-em-londres
Tecnologia,

Como ataque de hackers russos paralisou transfusões de sangue em Londres

0
(0)

Um ataque cibernético realizado na semana passada levou ao cancelamento de cirurgias, exames e transfusões de sangue nos principais hospitais de Londres, no Reino Unido. A ação foi atribuída ao grupo hacker russo Qilin, que realizou um ataque do tipo ransomware contra a Synnovis, empresa que presta serviços de patologia para o NHS, sistema de saúde pública britânico.

Impactos do Ataque

Processamento de Sangue Atrasado:
O NHS informou que não é possível processar o sangue dos pacientes com a mesma frequência devido ao ataque. Isso levou ao cancelamento de cirurgias, exames e transfusões de sangue.

Apelo para Doadores de Sangue:
O NHS Blood and Transplant está apelando para doadores de sangue tipo “O” (positivo e negativo) para aumentar os estoques, já que este tipo sanguíneo é considerado seguro para todos os pacientes.

Necessidade de Doações Imediatas:
Para realizar cirurgias e procedimentos que exigem transfusão de sangue, os hospitais precisam usar o tipo sanguíneo “O”. Como o sangue tem um prazo de validade de 35 dias, os estoques precisam ser continuamente reabastecidos.

Detalhes do Ataque

Natureza do Ataque:
Os ataques de ransomware geralmente envolvem hackers obtendo acesso a uma rede de computadores, criptografando arquivos ou bloqueando os usuários de seus sistemas até que um resgate seja pago.

Consequências:
Hospitais lançaram um apelo por mais doações de sangue e enfrentam desafios para realizar procedimentos médicos. Ambulâncias aéreas e veículos para atendimento de emergência estão transportando suprimentos de “O” negativo.

Dados e Declarações Oficiais:

  • Gail Miflin, médica chefe do NHS Blood and Transplant: “A segurança do paciente é nossa prioridade absoluta. Quando os hospitais não conhecem o tipo sanguíneo de um paciente, é seguro usar o sangue tipo ‘O’.”
  • Stephen Powis, diretor médico do NHS England: “Os funcionários estão se desdobrando para minimizar o transtorno significativo para os pacientes causado pelo ataque cibernético.”

Medidas e Reações

Apelo por mais Doações:
Para auxiliar os hospitais de Londres, são necessários mais doadores ‘O’ negativo e ‘O’ positivo.

Resposta da Synnovis:
“Lamentamos muito a inconveniência que isso está causando aos pacientes e usuários do serviço”, afirmou a Synnovis. A empresa destacou que investiu fortemente na segurança dos sistemas de informática e está colaborando com as autoridades para resolver o problema.

Avaliação de Especialistas:

  • Ciaran Martin, ex-CEO do Centro Nacional de Segurança Cibernética, afirmou que hackers russos estão por trás do ataque e que o grupo criminoso está “atrás de dinheiro”.
  • Steve Sands, especialista em segurança cibernética, ressaltou que os ataques de ransomware são uma “ameaça sempre presente para instituições essenciais”.
  • Awais Rashid, chefe do Grupo de Segurança Cibernética da Universidade de Bristol, alertou para os impactos significativos e substanciais que os ataques cibernéticos podem ter nas infraestruturas digitais.

Medidas de Prevenção e Recomendações

Planos de Contingência e Treinamento: É essencial que todas as organizações do setor público tenham planos de contingência para gerenciar ataques cibernéticos e que os funcionários recebam treinamento regularmente sobre os riscos.

Investimento em Resiliência de Software: Há necessidade de investimento suficiente na resiliência do software para garantir que vidas não sejam colocadas em risco.

Conclusão

O ataque cibernético contra a Synnovis e o NHS demonstra a vulnerabilidade das infraestruturas de saúde a tais ameaças. A colaboração com autoridades de segurança e a implementação de medidas de prevenção são cruciais para mitigar os impactos e garantir a continuidade dos serviços de saúde.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Charles é formado em marketing e trabalha com internet desde 2002, quando a internet era "a lenha". Após anos trabalhando com conteúdo para consultorias, ele resolveu escrever sobre cultura pop e viagens para passar o tempo.