CBS processada pelo ex-âncora Jeff Vaughn por supostas cotas raciais

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CBS processada pelo ex-âncora Jeff Vaughn por supostas cotas raciais

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A CBS Broadcasting e sua empresa mãe, Paramount Global, estão enfrentando um processo por discriminação movido pelo ex-âncora Jeff Vaughn. O processo, que foi aberto em um tribunal federal da Califórnia, alega que Vaughn foi substituído por um âncora de notícias mais jovem e de minoria étnica em 2022, como parte de uma política discriminatória alegada pela CBS de favorecer a contratação de certos grupos demográficos e demitir homens heterossexuais brancos mais velhos.

A ação legal de Vaughn busca uma ordem judicial para interromper o que ele descreve como práticas de contratação discriminatórias da CBS e para que a empresa o reintegre, com compensação de pelo menos US$ 5 milhões. A reclamação articula que a CBS supostamente visava reduzir seu número de funcionários masculinos brancos. “A CBS decidiu que havia muitos homens brancos na CBS, e agiu de acordo”, afirma a reclamação. “Ela precisava resolver seu ‘problema branco’ demitindo homens brancos bem-sucedidos.”

Este processo segue outro desafio legal recente de Brian Beneker, coordenador de roteiro do programa “SEAL Team”, que também alega que foi preterido para promoção devido a uma “política ilegal de equilíbrio de raça e sexo” que, segundo ele, favoreceu candidatos menos qualificados que eram de grupos demográficos considerados mais preferenciais.

Tanto Vaughn quanto Beneker são representados pela America First Legal Foundation, um grupo conservador fundado por Stephen Miller, ex-assessor de política da Casa Branca sob o presidente Trump. Essa organização tem estado ativamente apresentando queixas contra grandes corporações, desafiando suas práticas de diversidade e contratação como violações das leis de direitos civis.

A ação destaca que, sob a liderança de Wendy McMahon, promovida em 2021 para presidente da CBS News and Stations, a rede priorizou iniciativas de diversidade, equidade e inclusão. De acordo com o processo, essas iniciativas levaram a várias mulheres e/ou pessoas de cor sendo contratadas ou promovidas a posições significativas dentro da empresa.

Vaughn, que tinha 57 anos na época de sua saída, alega que foi demitido porque não se encaixava nesses critérios de diversidade. Ele também afirma que suas propostas para um especial de 20 anos do 11 de setembro foram ignoradas em favor de outros repórteres que, embora fossem de grupos minoritários, não estiveram presentes no Ground Zero durante os eventos, ao contrário dele.

O processo também alega que durante as audições para o substituto de Vaughn, todos os candidatos eram minorias raciais mais jovens. Em 2023, Vaughn foi demitido, e sua posição foi preenchida por um homem negro, conforme detalhes do processo.

Este desafio legal surge na sequência da decisão da Suprema Corte de derrubar a ação afirmativa, provocando mais escrutínio sobre a legalidade de programas de diversidade, equidade e inclusão que consideram explicitamente a raça. Esta recente decisão desencadeou uma mistura de respostas, com um grupo de procuradores-gerais republicanos alertando as empresas da Fortune 100 que suas iniciativas de diversidade podem ser discriminatórias, enquanto um grupo de procuradores-gerais democratas contra-argumentou, instando as empresas a intensificar seus focos em programas de diversidade.

O caso apresenta uma interação complexa entre a lei de emprego, iniciativas corporativas de diversidade e conversas nacionais contínuas sobre raça, inclusão e equidade no local de trabalho.

Paralelo com o Brasil

Nos EUA, como mostrado neste caso, as políticas de diversidade e inclusão são frequentemente vistas sob a ótica das leis de direitos civis, que proíbem discriminação baseada em raça, sexo, e outros status protegidos. No Brasil, a legislação sobre discriminação também é robusta, com a Constituição brasileira proibindo expressamente a discriminação de qualquer natureza. Entretanto, os desafios são semelhantes em ambos os países quanto à implementação de políticas de diversidade que não criem novas formas de discriminação.

Ainda, ambos os países enfrentam desafios judiciais relacionados à implementação de ações afirmativas e políticas de diversidade. No Brasil, as políticas

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Charles é formado em marketing e trabalha com internet desde 2002, quando a internet era "a lenha". Após anos trabalhando com conteúdo para consultorias, ele resolveu escrever sobre cultura pop e viagens para passar o tempo.