Ao contrário do que se pensava:”Finasterida pode provocar disfunção sexual prolongada”
A finasterida, droga mais usada contra a calvície, pode reduzir a libido e causar impotência mesmo após a suspensão do uso, segundo estudo da Universidade George Washington, nos EUA.
A pesquisa avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que se queixavam das reações. Segundo os autores do trabalho, publicado no “Journal of Sexual Medicine”, os efeitos colaterais persistiam por 40 meses após a interrupção do tratamento, em média.
Foram observados impotência e perda da libido até seis anos após o uso, em um quinto dos pesquisados. Ou seja Finasterida pode provocar disfunção.
Para o endocrinologista Michael Irwig, um dos autores, os homens devem estar cientes do risco. “O estudo deve mudar a forma como médicos conversam com pacientes sobre a medicação.”
No Brasil, assim como nos EUA, a bula da finasterida menciona a diminuição da libido e a impotência como efeitos colaterais, mas afirma: “Esses efeitos desapareceram nos homens que descontinuaram a terapia e em muitos que mantiveram”.
A finasterida bloqueia a ação da enzima 5-alfa-redutase, que transforma o hormônio testosterona em DHT (dihidrotestosterona).
Em homens com folículos capilares mais sensíveis à ação da DHT, os fios de cabelo ficam mais finos e caem.
A dihidrotestosterona também atua na estimulação sexual. Ao inibir a produção desse hormônio, a droga pode interferir nessas funções.
“A dose utilizada para o tratamento da Alopécia Androgenética (calvície) é de 1 mg/dia. (Um quinto da dose usual). O medicamento não faz crescer cabelo, mas age nos já existentes, evitando sua miniaturização e consequente queda.”Wikipedia
SINAL AMARELO
Segundo o cirurgião plástico Marcelo Pitchon, especializado em implantes capilares, a pesquisa lança um “sinal amarelo” no tratamento da calvície. “Sempre se considerou que as funções sexuais voltavam ao normal depois de interrompido o tratamento”, diz. “Agora, precisamos revisar o estudo.”
Elaine Costa, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, não estranha os efeitos colaterais prolongados. “Bloqueando um hormônio, pode ser que ele demore a voltar ao normal.”
Costa diz que os resultados reforçam a necessidade de analisar o custo-benefício do tratamento. “Cabe discutir se vale retardar a queda e perder um pouco da libido.”
Segundo Jackeline Mota, que coordena a área de cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia, finasterida é uma boa medicação para a calvície. “Mas, se o médico percebe que o paciente tem disfunção, melhor não usar.”
Opinião de um dos laboratórios produtores de Finasterida.
Para a Merck Sharpe & Dohme, que produz o Propecia, o estudo é limitado, porque os pacientes foram contatados por telefone e não passaram por avaliações clínicas que comprovassem a ligação entre as disfunções sexuais e o uso de finasterida.
Em estudos duplo-cegos feitos pelo laboratório com a droga e 3.200 homens, os efeitos foram revertidos “no máximo três meses após a descontinuação”, diz a nota da MSD. E 1,7% dos pacientes descontinuaram o tratamento por redução da libido, disfunção erétil e redução do volume ejaculatório.
Ponderações
Vale lembrar que finasterida tem efeito antiandrógeno e que perda de libido é um dos menores efeitos colaterais dele isso sem contar que seu uso é proibido nos esportes pois mascara dopping.
Suspeita-se que seu uso juntamente com Sibutramina tenha desencadiado surtos psicoticos em um Jovem.
Fontes:UOL e Wikipedia