Justiça absolve viúva acusada de matar milionário no RJ
Adriana Ferreira de Almeida, acusada de matar o marido –o lavrador e ganhador da Mega-Sena Renné Senna–, e outros três réus foram absolvidos pela Justiça no início da madrugada deste sábado. A sentença foi lida pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, no Tribunal do Júri de Rio Bonito (72 km do Rio).
O Tribunal do Júri julgou improcedente as acusações contra os quatro réus. Adriana, que chorou ao ouvir a sentença e não quis dar declarações à imprensa, deixou o Tribunal escoltada pela polícia.
Com a absolvição, Adriana terá direito a 50% da herança do milionário, estimada pelo juiz da 1ª Vara Cível de Rio Bonito, Marcelo Espíndola, em R$100 milhões.
A promotora Priscilla Naegelle afirmou que pretende recorrer da senteça “o mais rápido possível”.
Durante a sustentação da defesa, na tarde de sexta-feira, o advogado de Adriana repetiu inúmeras vezes que não havia provas contra a ré. Segundo ele, apenas a interceptação telefônica não era suficiente para acusar a viúva.
Já a Promotoria estabeleceu uma cronologia dos fatos para acusar a ré.
O CASO
Senna foi morto em 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.
Deficiente físico –Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes–, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito. Almeida é apontada como a mandante do crime.
O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato de Senna e pelo crime de furto qualificado.
Em junho o juiz Marcelo Chaves Espíndola, da comarca de Rio Bonito, julgou improcedente o pedido de reconhecimento de união estável entre Almeida e Senna.
Desde a morte de René, a cabeleireira trava uma batalha judicial com Renata Almeida Senna, única filha do milionário, pelos bens deixados pelo ex-lavrador. O pedido de reconhecimento de união estável foi feito pela própria acusada