Filme mais amado de Duda Beat é um terror inspirado em show de Eddie Murphy
“Corra!” (Get Out), dirigido por Jordan Peele, é um filme de terror psicológico que transcende os limites tradicionais do gênero para oferecer um comentário agudo e inquietante sobre as relações raciais contemporâneas. O filme não apenas cativou o público e a crítica, mas também ganhou o status de favorito entre celebridades, incluindo a cantora Duda Beat, que elogiou sua abordagem inovadora e provocativa.
Inspirado por um show de comédia de Eddie Murphy, Jordan Peele utiliza o humor para abordar temas que são profundamente perturbadores e reais. “Corra!” narra a história de Chris, um jovem fotógrafo afro-americano que visita a família de sua namorada branca, apenas para descobrir uma conspiração sinistra que ameaça sua própria identidade e vida. O filme habilmente mistura elementos de suspense e terror com uma crítica social mordaz, refletindo as tensões raciais e a apropriação cultural.
O sucesso de “Corra!” reside na habilidade de Peele em manter o público à beira do assento enquanto provoca uma reflexão sobre questões raciais profundas. A casa da família de sua namorada serve como um microcosmo da América contemporânea, onde sorrisos superficiais escondem intenções nefastas e preconceitos profundamente enraizados. A tensão crescente do filme é alimentada pelo excelente desempenho de Daniel Kaluuya como Chris, cuja crescente paranoia e desespero capturam a essência de ser um outsider em um ambiente hostil.
Visualmente, o filme é marcado por uma cinematografia que intensifica a sensação de isolamento e estranheza, enquanto a trilha sonora complementa a atmosfera crescentemente tensa. Peele usa simbolismos e metáforas visuais, como o “lugar afundado” (Sunken Place), para representar a marginalização e o silenciamento das vozes negras, uma técnica que enriquece a narrativa e amplia seu impacto.
“Corra!” não é apenas um filme de terror; é uma obra provocativa que desafia o espectador a confrontar as realidades desconfortáveis do racismo e da segregação. Com uma história cativante, atuações poderosas e uma direção firme, Jordan Peele estabelece-se não apenas como um contador de histórias talentoso, mas como um cineasta essencial na discussão de questões sociais através da lente do cinema.