Em Curitiba – Pais abandonam trigêmeas em hospital e levantam questão sobre gravidez induzida.

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Em Curitiba – Pais abandonam trigêmeas em hospital e levantam questão sobre gravidez induzida.

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Trigêmeas recém-nascidas foram abandonadas pelos pais após o parto em uma maternidade de Curitiba. De acordo com informações da rádio Band News Curitiba, o casal teria rejeitado uma das meninas após descobrir que ela tinha insuficiência pulmonar, no começo deste ano. Outro motivo para o abandono seria a falta de vontade dos pais em criar três crianças. Os bebês nasceram prematuros, no dia 24 de janeiro.

Após descobrir o fato, o Conselho Tutelar foi até a maternidade e evitou que os pais abandonassem uma das crianças. O conselho avisou o Ministério Público, que está investigando o caso. Os pais resolveram deixar as três crianças, já que não poderiam ficar com apenas duas delas. Ainda de acordo com a rádio, os pais teriam condições financeiras para cuidar das crianças, mas preferiram deixar os bebês para adoção.

De acordo com uma funcionária do hospital, as crianças permaneceram na maternidade sob cuidados médicos até 24 de fevereiro por serem prematuras. “Todo mundo ficou chocado, horrorizado”, afirmou

Sob a guarda do estado, as crianças estão em um abrigo desde que saíram da maternidade. O caso tramita na 1.ª Vara da Infância e da Juventude de Curitiba. A promotoria da área não quis se manifestar sobre o assunto. O processo corre em segredo de Justiça. Os pais podem ser responsabilizados por abandono de incapaz.

Um grupo de funcionários do hospital organizou uma campanha de doações para ajudar nos primeiros meses dos bebês. Eles chegaram a arrecadar um carro cheio de donativos que foram entregues ao Con­selho Tutelar. Os nomes da maternidade e da funcionária não foram divulgados para evitar a identificação das crianças.

Opinião sobre situação  Psicologica

Para a psicóloga Maria Virgínia Grassi, os casais que fazem fertilização precisam ser bem orientados durante o processo. “Eles devem saber que podem ter mais de um filho e que isso implica muito mais responsabilidades”, diz. A especialista lembra que não é o fato de desejar um filho que faz o casal ser pai e mãe. “Todo filho – independentemente de ser adotado ou não, gerado por fertilização ou não – precisa ser adotado. Os pais devem fazer as crianças se sentirem parte da família. É nessa área que entra o trabalho de psicólogos”, afirma. Sobre o casal que teria preferido deixar os trigêmeos na maternidade, a psicóloga supõe que os pais assumiram racionalmente a responsabilidade, mas não emocionalmente.


Médico diz que pais estão arrependidos

O médico Karam Abou Saab, responsável pela fertilização in vitro que gerou as trigêmeas, afirmou ontem que os pais querem as filhas de volta. A Justiça decidiu retirar a guarda das crianças temporariamente após eles tentarem ficar com apenas duas delas. Um dos bebês nasceu com insuficiência pulmonar. “O casal mudou de ideia. Eles aceitaram as crianças”, disse. De acordo com o especialista, normalmente, os pais recebem a notícia de múltiplos com impacto, mas logo ficam alegres. “Existe um susto inicial. O pai geralmente fica assustado, se preocupa com a parte material, mas depois passa.”

A advogada Margarete Moreira, que representa o casal, não quis comentar o caso. Segundo uma funcionária do escritório de advocacia, ela passou o dia de ontem em conversa com os pais dos bebês para definir o que fazer.

As trigêmeas nasceram prematuras no dia 24 de janeiro em uma maternidade da capital. Os pais teriam se assustado com o fato e tentaram escolher apenas duas das crianças. O Conselho Tutelar foi avisado e tomou providências na Justiça para evitar que as crianças fossem separadas. Os bebês permaneceram na maternidade durante quase um mês e foram levados, por determinação da Justiça, para um lar de Curitiba, onde estão sob a guarda do estado.

Fonte:Gazeta do Povo

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