Em Curitiba – Continuam aumentos abusivos no valo do Álcool.

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Em Curitiba – Continuam aumentos abusivos no valo do Álcool.

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Mesmo com aumentos de cerca de 10% nos últimos nove dias, gerentes de postos dizem que reajustes devem continuar.

O preço do etanol deu um salto de quase 20 centavos em apenas nove dias nos postos de Curitiba. De acordo com levantamentos informais realizados pela Gazeta do Povo, o valor médio do combustível subiu de R$ 2,02 por litro, no último dia 9, para R$ 2,21 por litro. Nos 30 postos consultados ontem, os preços variavam de R$ 1,97 a R$ 2,40 por litro, diferença de 22%.

Vários estabelecimentos relataram que tinham acabado de elevar os preços ou estavam prestes a reajustá-los, repassando aumentos promovidos pelas distribuidoras. “O que a distribuidora diz é que o preço está aumentando porque está diminuindo o volume de álcool no mercado. Só deve melhorar quando as usinas começarem a moer a cana da safra nova”, disse um funcionário de um posto do bairro Bigorrilho. A gerente de um posto do bairro Capão da Imbuia contou que, ontem, elevou o preço do litro de R$ 2,19 para R$ 2,28. “E vai subir mais ainda, segundo o que a distribuidora avisou”, disse.

Em algumas cidades do interior do estado, os preços subiram mais de 10 centavos desde quarta-feira, quando o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou uma operação contra postos e distribuidoras que praticavam o chamado “preço predatório”, abaixo do custo, com a intenção de sonegar impostos e prejudicar concorrentes.
Por conter 25% de álcool em sua composição, a gasolina é influenciada pelos reajustes. Seu aumento, no entanto, é bem mais leve: desde dezembro, o preço médio passou de R$ 2,51 por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), para R$ 2,59 na tarde de ontem. Como o preço do etanol equivale hoje a 85% do custo da gasolina, o derivado do petróleo é, com sobras, a opção mais vantajosa para carros flex.

Usinas

Com os aumentos recentes, os preços do etanol completaram nove meses de alta, tanto nas usinas produtoras quanto nos postos de combustíveis. Em Curitiba, o valor médio cobrado ontem, de R$ 2,21, é 71% superior ao de junho do ano passado (R$ 1,29, segundo a ANP). Nas usinas de São Pauo, a cotação média do álcool hidratado (usado nos carros flex) mais que dobrou nesse mesmo período, de R$ 0,72 para R$ 1,49 por litro (sem impostos), conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Univer­sidade de São Paulo (Cepea-Esalq/USP).

Apenas nesta semana – marcada por fortes altas diárias no valor do hidratado e por uma série de discussões entre governo e produtores sobre a garantia de abastecimento do combustível –, o preço do etanol hidratado disparou 8,6% na indústria. O custo do anidro, que é misturado à gasolina, avançou 6,7%.

Segundo a pesquisadora responsável pelo setor no Cepea, Mírian Bacchi, já foi verificada uma tendência de desaceleração da alta dos preços do etanol, após algumas destilarias de São Paulo iniciarem a produção na safra 2011-12. “Já verificamos hoje [ontem] dois negócios com etanol desta safra”, comentou. Das mais de 200 unidades sucroalcooleiras, quatro usinas já iniciaram a nova safra de cana-de-açúcar em São Paulo.

Além da oferta nova, a demanda pelo etanol hidratado deve ser cada vez menor, em razão do forte encarecimento do produto. Com a alta desta semana, os valores do anidro e do hidratado nas usinas seguem como os maiores, em termos absolutos, da série semanal medida pelo Cepea desde julho de 2000. O hidratado sobe há nove semanas e o anidro, há oito semanas consecutivas.

FOnte: Gazeta do Povo

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