Comissão dos EUA aprova lei que prevê taxação de produtos chineses.

Para presidente do comitê, yuan desvalorizado afeta empregos nos EUA
Economia Mundial,

Comissão dos EUA aprova lei que prevê taxação de produtos chineses.

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Para presidente do comitê, yuan desvalorizado afeta empregos nos EUA

Para presidente do comitê, yuan desvalorizado afeta empregos nos EUA

Uma comissão da Casa dos Representantes (deputados federais) americana aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei que abre caminho para que o país imponha taxas sobre produtos importados de países com moedas subvalorizadas.

Caso passe a vigorar, a mudança puniria a China, acusada pelos Estados Unidos de manter a sua moeda, o yuan, desvalorizada para que as exportações chinesas cheguem aos mercados internacionais com preços mais baixos.

A lei prevê que as indústrias americanas que provarem ter sido “materialmente prejudicadas” por importações da China poderão requisitar a taxação desses bens.

Com o aval da Comissão de Meios e Recursos, o texto agora será votado na próxima semana pelos outros legisladores da Casa. Para se tornar lei, ele também terá de ser aprovado pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Barack Obama.

‘Manipulação’

Em discurso que precedeu a aprovação da medida, o presidente da Comissão, Sander Levin, disse que a “persistente manipulação pela China da sua moeda é uma grande distorção no mercado internacional”.

“A política monetária chinesa tem grande impacto nos negócios americanos e nos empregos americanos”, afirmou Levin, congressista do Partido Democrata, o mesmo de Obama.

Ele disse que a aprovação ocorreu após anos de discussão em fóruns multilaterais e após todos os esforços para resolver a questão falharem.

Levin defendeu que a política monetária chinesa tem efeitos protecionistas equivalentes à aplicação de subsídios, e que o projeto de lei está em acordo com decisões da Corte de Recursos da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Obama e Wen

A decisão do comitê ocorreu um dia após o presidente Barack Obama se reunir com o premiê chinês, Wen Jiabao, para pressioná-lo a valorizar o yuan. A China tem tido superávits cada vez maiores nas transações comerciais com os Estados Unidos.

Em junho, o governo chinês cedeu a apelos e abandonou uma taxa de câmbio fixa em relação ao dólar. Desde então, o banco central só permitiu que a moeda se valorizasse 1,9%.

Antes de se reunir com Obama, porém, Wen afirmou que a taxa de câmbio não era a principal razão para o déficit comercial dos Estados Unidos com a China.

Segundo ele, se o yuan fosse valorizado entre 20% e 40%, como querem os Estados Unidos, várias empresas chinesas quebrariam.

Na semana passada, o secretário americano do Tesouro, Tim Geithner, disse ao Congresso que o governo buscava formas de mudar a postura dos chineses sobre o tema.

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