Aos 78 anos morre Joaosinho Trinta

Foto de joasinho Trinta em um carro de golf nos bastidores de uma escola de samba.
Cotidiano,

Aos 78 anos morre Joaosinho Trinta

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Informação foi confirmada neste sábado pelo cuidador do carnavalesco.
Carnavalesco estava internado em estado grave em hospital de São Luís.

O carnavalesco Joaosinho Trinta, 78, morreu neste sábado. Ele estava internado desde o último dia 3 na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do UDI Hospital, em São Luís (MA), cidade onde nasceu. Fiel à máxima de que “Pobre não gosta de pobreza, gosta de luxo”, o maranhense foi um dos responsáveis por modernizar o Carnaval do Rio.

Foto de joasinho Trinta em um carro de golf nos bastidores de uma escola de samba.

Carnavalesco Joaosinho Trinta morre aos 78 anos; foto mostra ele em visita aos preparativos do carnaval de SP

Nascido João Clemente Jorge Trinta, em 1933, o carnavalesco, artista plástico, cenógrafo e bailarino chegou a capital carioca em 1951, aos 18 anos. Cinco anos depois, passou a integrar o Balé do Teatro Municipal do Rio. Amigo do poeta Ferreira Gullar, chegou a dividir um apartamento no Catete com o conterrâneo.

Em 1963 ingressou na Acadêmicos do Salgueiro e ajudou o carnavalesco Arlindo Rodrigues com o enredo “Xica da Silva” (samba-enredo de Anescarzinho do Salgueiro e Noel Rosa de Oliveira). A escola foi campeã.

Criador dos grandes carros alegóricos, só foi “assinar” um desfile como carnavalesco em 1974, também para o Salgueiro.

Membro da equipe de Fernando Pamplona, Trinta ajudou a transformar os desfiles no que são hoje. Perderam espaço os passistas que desfilavam livres no chão, sem carros alegóricos ou fantasias mirabolantes, ao som de sambas sincopados, para dar espaço a espécie de “ópera popular”, em que as alas desfilam em blocos seguindo coreografias moldadas à risca para contar o enredo da escola.

Repleta de sucessos, a carreira de Trinta como carnavalesco foi polêmica.

Em 1989, a Beija Flor de Nilópolis, então sob o comando do carnavalesco, foi impedida de levar para o Sambódromo a imagem de um Cristo mendigo dentro do enredo “Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia”.

Para burlar a proibição e ao mesmo tempo criticar a Igreja, que havia recorrido à Justiça para vetar o uso da imagem, Joãosinho envolveu a estátua em plástico preto, com uma faixa onde se lia “Mesmo proibido, olhai por nós”. A escola ficou em segundo lugar –a campeã foi a Imperatriz Leopoldinense– mas o carnavalesco fez um desfile histórico, lembrado até hoje como um dos mais emocionantes da passarela do samba.

Saude

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira, o Hospital UDI, em São Luís, havia informado que o carnavalesco estava com um “quadro de insuficiência respiratória e sepse, evoluindo com instabilidade hemodinâmica”. O hospital ainda não confirmou a causa da morte.

“Sou a última pessoa que esteve com ele. O aparelho dele parou de funcionar. Apertou a minha mão e se foi. Estava no quarto com ele faz cinco minutos”, afirmou ao G1 Arley Mack, cuidador do carnavalesco.

Fontes Folha e G1

 

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